9.8.08

.::A Sant(identidade) que precisamos::.


www.google.com.br em 09.08.08
Tenho o privilégio de viver numa geração de diversas tribos. As noites de sexta-feira no Shopping Parque Dom Pedro I, de Campinas, é o ponto de encontro de pelo menos dez tipos de adolescentes: metaleiros, grunge, emocore, skatistas, os mauricinhos e patricinhas, a turma do hip-hop, e outras que podem até surgir numa única noite. Se alguém estiver à procura de uma identidade, e assentar-se num banco do shopping, pode ter à sua frente um desfile para todos os gostos.

Creio que cada vez mais temos um grande número de pessoas à procura de uma identidade. Não apenas dizer "Este sou eu", diante de um espelho, mas poder dizer "Este sou eu, vocês concordam?".
Sinto que sou parte da geração dos que mudam de identidade rapidamente porque nem sempre a resposta de todos é: "Está ótimo você ser assim!". Constantemente as pessoas mudam, tais mudanças são decorrentes de uma constante procura por uma identidade aceitável, que satisfaça a vida e aos outros.

Eu já tive minha crise de identidade. Nem sempre tive aprovação sobre minhas músicas, roupas, hábitos culturais, comida, comportamento, etc. E me pus a pensar: "Estou vivendo certo?!". Invariavelmente, todos uma hora pensam no que deve ser "a vida ideal". Qual o jeito ideal a ser vivido.

Dentro eu tinha uma grande preocupação sobre minha espiritualidade. Minha crise não era somente para ser aceito pelas pessoas, mas ter a todo instante, a certeza da aceitação de Deus por minha vida. Os amigos nos aceitam em instantes, mas eles não nos acompanham quando estamos no silêncio e a consciência começa a dialogar conosco. Alguém pode "se amarrar" nas nossas conversas, nos achar humorados e ter vontade de ficar por perto, porém, nós mesmos podemos nutrir dia após dia vontade de se distanciar do "self". Não se querer.

Por isto é importante parar pra ler, pensar, musicar com a alma, sobre o que é "santidade".

No Antigo Testamento, santidade aparecia associada às palavras "kodesh" (separação) e "shekinah" (Glória, presença de Deus). Ambas nos demonstram que santidade não é coisa humana, mas sim divina. Ninguém torna-se santo sem ter um relacionamento pessoal com Deus. Mesmo que haja orações, jejuns, instantes de êxtases, se isto tudo for manifestação de um consciência em crise, não quer dizer que há uma identidade com Deus!

No Novo Testamento, santidade é apresentada pelo grego "Teleios" (finalidade e maturidade).

Durante o período em que a Igreja Romana detinha a leitura das Escrituras, a palavra em latim "Perfectio", fez com que o ensino de santidade tomasse o rumo do perfeccionismo. Grandes problemas surgem quando o homem assume para si a responsabilidade única de se mater em pé. Ainda hoje podemos notar isto em várias extremidades religiosas, sob aparência de cristianismo, que quanto mais abstinência, mutilação, flagelo de alma, etc - mais santo a pessoa se torna.

Qual é a importância de conversar sobre santidade e as tribos de hoje em dia?
Não somente as tribos mas várias outras manifestações nos mostram o quanto o homem precisa se encontrar, e ser encontrado. Não existe outra forma dele ser achado, se não for pelos olhos de Deus, que nos vê como somos, e nos aceita como estamos. Não existe outra maneira de alguém se aceitar sem que haja uma consciência de uma aceitação maior, a despeito do que se fez na vida.

Não existe uma única pessoa que abra os braços e diga: "Tudo quanto você é, para mim está ótimo!". Se você ouvir isto, aguarde. Esta fala tem vida curta. Não nasce da sinceridade.
Também você não pode cair na presunção que se aceita totalmente, não se arrepende de nada de sua vida, e que garante o seu próprio futuro. Por isto precisamos de santidade.

Santidade é um viver

Santidade é dizer sim para Jesus em tudo o que Ele disse

Santidade é continuar um relacionamento simples e sincero com Deus

Santidade começa quando você se vê como "pescador e pecador" (Lc 5:1-11), e clama por reconhecer que Jesus é Deus!

Santidade é você se questionar se de fato ama Jesus e pratica suas palavras.

Santidade é você jogar fora toda sua lista de "Não Pode!", e dedicar-se ao amor. Sabendo que "Deus é amor" (1 Jo 4:8), e além dele o que se diz de amor é temporal.

Santidade é você se imaginar um galho e Deus o tronco.

Quando você concebe que Deus é quem sabe tudo sobre você, e não é por qualquer motivo que seu nome é Todo-Poderoso, só lhe resta empreender a vida num grande relacionamento com este Deus.

Alguém seria insano de, sabendo do teto de vidro de sua vida, procurar se esconder do Deus que vê tudo e, só deseja o nosso bem?

A maior falha da nossa geração no que diz respeito a santidade, é de não se permitir em conhecer a Deus, mesmo sabendo que Ele é todo amor, paz, e contentamento - deseja criar "religião", espiritualidade de hipocrisia, sendo que a coisa é muito simples:

"Deus, tem misericórdia de mim pois sou pecador, não consigo me manter. O mundo muda, me perco dentro de mim mesmo, preciso ser achado por você e me alimentar da vida que há em Ti!".

Não busque ser santo porque Zeus, o deus do trovão, está prestes a puní-lo.
Busque ser santo, por que Jesus Cristo através da santidade se manteve e se satisfez!
Ele criou a vida, e a vida não se achará madura, completa, com finalidade enquanto não se identificar com o que Santo!

"O Deus da paz, voz santifique em tudo, vosso espírito, alma e corpo, sejam conservados íntegros e irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor. Fiel é o que voz chama, o qual também o fará". (1 Te 5:23-24)

Nele,

David

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