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Prosa da brevidade
Um convite à Contemplação
Todo dia penso no Céu. Às vezes a surpresa é de uma alma apegada ao tempo daqui, mas nunca, num momento de tristeza, eu deixei de gritar: “Cansei do mundo, de relacionamentos duvidosos, do calor e dos dias”.
Como será fechar os olhos aqui?
Como será pensar estar vindo um sono?
Sou sempre interrompido por minhas convicções.
Como será não mais estar aqui?
Como será deixar de estar aqui porque foi tão rápido ir aí?
Como será dizer “Já estou aqui!” - ao Teu lado?
O trabalho não me satisfaz. Meus relacionamentos são um grito por socorro. Meu amor é medroso por ainda não ter ido. Penso no Céu porque me é natural.
Ó Deus, esta é a minha oração: Atrai-me para o frescor do Céu, mesmo ainda não ter chegado minha hora.
Penso isto porque meu coração já não é daqui?
De uma coisa sei, quero ser mais teu a cada instante.
Tu disseste que és o caminho. Por isso, quero estar em ti, Caminho!
Digo à minha alma que só Tu és amor. E ela me responde todo dia que onde estou não é para eu ficar.
© David de Mello Junior - 2009
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