Serra do Japí. 2007.
Às vezes vem se avolumando enquanto não penso. Simplesmente, o magma parece procurar um duto, e não o encontrando, se revolve bem lá dentro. Onde? Não sei. Apenas sei que é muito de dentro e não posso conter. Acontece.
Surge nisto a vontade, eu não a crio, é da minha natureza encontrar-me assim, procuro traduzir como uma fome, ou sede; já houve momentos de simplesmente achar que ficar parado olhando o azul era a melhor coisa, ou até mesmo suspirar de modo que a palavra mais completa pra este caso seja dita. Mas no indefinível mora a continuidade.
Eu tenho sede. Como a pedra escaldante pelo sol recebe o respingo da quebrada d'água, este sou eu. Sou atingido por pouca quantidade do mar que rebate. Procuro a torrente que me trará toda a sensação de envolvimento.
Eu tenho fome. Os sentidos se perdem na fraqueza, e na passagem somente há migalhas.
Tenho solidão, pois qualquer companhia tem um "Até logo!" que instaura ausência.
Procuro a não despedida. A chegada permanente ou minha ida em companhia. Pois fora disto, o que há é incompletude.
"Tu nos criastes para Ti, e inquieta está nossa alma enquanto não repousa em Ti".
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