9.10.08

POEMA DO DIA

Às vezes desejo suspender-me para o mundo rodar
Nem sempre quero o equilíbrio
Difícil é se manter sobre o que vira
Se quero parar, é porque há o que contemplar
Mas rodando, onde está para ele a beleza?

Cego de todos os dias é o mundo
Pois se alguma beleza lhe chamasse, pararia.
Ele não sente saudade, por isto não pausa
Caminhar em sua esteira, te mantém o tônus.
Parar enquanto rotaciona, te faz cair e aleija.

As horas são nossa companhia em sua rotação
Braços erguidos são ponteiros
Erguem-se para alcançar uma haste que tudo pare
Horas marcadas são meus braços e artelhos extendidos
Hora perdida é não encontrar a haste que trava...

David de Mello Junior, 09/10/08 - 07:00

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